sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

#2

Por: Cruor



Muito tempo sem postar, e ainda não tenho idéia do que vou falar aqui, então continuo com as passagens de minha vida.

Como várias duas pessoas queriam saber mais sobre a história do aeromoço, vou usar a tática do seriado, e só vou voltar naquele assunto lá pro final da temporada!

Eu sempre gostei de animais e sempre tive cachorros. Não tenho nada contra gatos, mas como o quintal era grande era mais divertido ficar brincando com os cachorros, correndo jogando objetos, vendo eles correndo para pegar, depois eu correndo atrás deles porque eles não devolviam, depois correndo deles que não gostavam de eu ter pegado de volta...

Sempre tive dificuldade para dar nomes. Tive uma vira-lata que só ganhou nome depois de uma semana. Todos os dias dessa semana quando voltava do colégio via que tinha terra espalhada, plantas sem folhas e objetos destruídos, ate que depois entendi que era a cachorra e ela passou a se chamar Ventania.

Tive um vira-lata macho também, na casa de um tio estavam dando filhotes, eu não cheguei a ir ver os filhotes, meu pai que foi e trouxe "o mais esperto", como ainda iríamos passar a tarde lá ele ficou na lavanderia enquanto almoçávamos, ele deveria estar com fome também, pois comeu uma barra de sabão... Foi a primeira vez que vi um cachorro soluçando sem parar e eu não sabia se ficava com dó dele com a boca espumando e soluçando com cara de "po sacanagem ae" ou se ria disso, optei pela segunda opção. O nome dele veio do Rei Leão que estava passando no Temperatura Máxima (Ae, Globo manda a grana da propaganda!), o nome escolhido foi Timão.

Meu pai fumava, aliás fuma até hoje, e ele costumava jogar as bitucas acesas no quintal perto do ralo, e lá foi o jovem Timão cheirar a bituca e queimar o nariz. A partir desse dia qualquer um que ele via fumando ficava mostrando os dentes e quando via uma bituca ficava pulando em cima para apagar. Realmente ele era esperto, mas infelizmente aprendia só com os erros, que foram vários...

Certa vez no quarto ouvi o cachorro chorando sem parar e cada vez mais alto, achei que minha mãe tinha ficado doida e ia matar o pobre cão, corri para ver e minha mãe estava calmamente sentada no sofá assistindo sua novela. Intrigado comecei a achar que eram fantasmas do cemitério ao lado e as pistas eram mais evidentes já que olhei pela janela e o cachorro pulava como se estivesse lutando contra vários inimigos e eu não via nada. Fui pra fora com um cabo de vassoura quebrado me sentindo o Van Hellsing e vi que formigas estavam mudando o ninho de lugar e o Timão resolveu brincar, mas elas não estavam animadas com isso. Depois de tirar todas as formigas de cima dele o cachorro tremia e ainda estava assustado olhando para a linha preta atravessando o quintal. Como eu odeio insetos foi um prazer pegar a mangueira e matar elas com requintes de crueldade e me senti até heróico com o cachorro me olhando ao longe com olhar de esperança.

Tiveram outras peripécias do Timão, outras envolvendo minha "incrível" habilidade de me entender com cachorros ao conversar com eles (não, eu não espero que eles me respondam com palavras, nem com mensagens telepáticas e muito menos fico falando igual tia velha que vê recém nascido). Fica pra próxima, que minha vida não é tão longa assim e eu pretendo escrever por um bom tempo aqui nesse blog.

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